Primavera de 1866
Entrei naquele baile com um sorriso
falso no rosto, ao meu lado estava alguém que eu não amava, mas tinha que
fingir o contrário. Percorri os olhos pelo salão, as luzes fortes faziam as
cores das tulipas vermelhas, que estavam sendo usadas na decoração, ficarem
ainda mais vivas. Apesar de tudo, sabia que naquela noite todos os meus sonhos
e desejos mais sombrios, viriam à tona, aquele que era realmente o dono do meu
coração, estaria aqui, e isso me dava medo e certo receio.
Matt, que estava agarrado ao meu
braço, arrastou-me para a pista de dança, atravessando boa parte do salão, onde
vários casais pareciam se divertir. A música era agitada, o que fez com que eu,
mesmo não querendo, dançasse. Entre giros e rodopios, vi que do outro lado do
salão, um jovem havia chegado sozinho, ao perceber quem era, meu coração
disparou, senti uma súbita vontade de ir ao encontro dele e o beijar, mas
reprimi tal sentimento e continuei dançando para não levantar suspeitas.
- Matt, não
estou me sentindo muito bem, vou ir tomar um pouco de ar – disse andando em
direção ao jardim, sem nem ao menos responde o “Quer que eu vá com você?” dele.
O jardim estava vazio, iluminado
apenas pelas luzes que viam do salão, o vento frio me fez tremer e senti, logo
em seguida, que alguém me abraçava. Mesmo com pouca claridade pude reconhecer
quem era, e sorri, sentia que o meu coração fazia o mesmo.
- Acho que uma
estrela acaba de se apagar no céu com vergonha do teu sorriso – ele disse antes
de me beijar, por dias havia me esquecido de como era bom estar naqueles
braços.
- Caleb,
cuidado, se Matt nos ver juntos irá ter um ataque de ciúmes – disse olhando ao
redor para certificar que ninguém havia nos visto juntos.
- Alice, aquele
seu marido é um idiota – ele disse se afastando – Você nem gosta realmente
dele, a sua vida é trágica... A sua vida é uma mentira.
- Você pode até
dizer que é trágica e mentirosa, mas a culpa não é minha, meu casamento com o
Matt foi arranjado e disso você sabe muito bem.
- Mas você
poderia ter recusado e fugido comigo.
- Meu pai iria
atrás de nós, nem que fosse no inferno – eu disse me aproximando dele – Ele
colocaria sua cabeça a prêmio, eu não podia te perder assim – puxei o seu rosto
para perto do meu e o encarei – Eu te amo eternamente, te amo até o dia que o
Sol parar de brilhar.
- Como poderia acreditar
no que você diz, quando tudo o que faz é uma farsa?
- Pois não sou
eu que estou dizendo é o meu coração.
P.S. Hey morangos, essa é uma short fic que eu escrevi enquanto ouvia "I Write sins not tragedies" do Panic! At the disco, usei o nome da música como título, e como ficou meio grandinha dividi em duas partes, espero que gostem xD
Beijos ;*
5 comentários:
Adoro histórias de amor impossíveis. Gosto de um certo drama, para um suposto final feliz. E já me encantei com esse primeiro capítulo.
Um beijo.
ameeei muito o post ; *-* diz tudo que eu precisava ouvir ;
Gosto demais das tuas fics, elas prendem nós leitores de tal forma, que enquanto não lermos até o fim do post não conseguimos parar de ler, rs. Parabéns por seu talento! Deus te abençoe.
Érika.
Nossa colega, voce esta de parabens , seu blog é incrivel e eu amei a historia , mas acho que ela deveria ter fugido com ele, porque no amor vale tudo ainda mais pra ser feliz ao lado de quem ama *-*
Estou seguindo seu blog , segue o meu por favor e de uma conferida pra ver se esta bom ?! *-*
www.depoisdosquinzeanos.blogspot.com
Obg e beijos *-*
Casamento arranjadooo, isso sim é trágicooo !
Espero ver um reviravolta nessa história!
Alice e Caleb são "O CASAL" porque o amor verdadeiro sempre é mais emocionante!
bjs, Drii
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